Suplementação: saiba quando é indicada e os perigos do excesso

Suplementação é indicada quando há sinal de carência nutricional detectado através de exames. Especialistas dão orientações sobre o assunto

Suplementação: saiba quando é indicada e os perigos do excesso

Os suplementos são indicados quando há algum sinal de carência nutricional ou há evidências de deficiência nutricional detectadas através dos exames bioquímicos, como exames de sangue. No entanto, o consumo do produto virou moda e muitas pessoas desconhecem os riscos que o excesso de suplementação causa ao corpo.

Para início de conversa, de acordo com a nutricionista clínica Carine Oliveira, a suplementação deve ser indicada por um especialista. “Se um paciente chega no consultório com uma queixa de cansaço, sonolência, pedimos o exame e vemos que a vitamina B12 está em níveis abaixo do que deveriam. Neste caso, é indicada a suplementação. Outro exemplo: se o paciente consome pouco alimentos fontes de proteína e não consegue alcançar sua meta diária, então, podemos lançar mão de um suplemento de proteína para alcançar as necessidades diárias”, explica.

Um deles é o whey concentrado, que tem 75% de concentração proteica
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Outro é o isolado, que tem 80% de proteínas

 terceiro tipo é o hidrolisado, que pode ser feito a partir do concentrado ou do isolado. Ele passa por um processo de hidrólise, no qual as proteínas são quebradas em estruturas menores, com concentração de até 90% 

A especialista ainda reforça que a dose necessária de suplementação e o período específico de consumo é determinado no momento da consulta. “Então, antes de sair tomando suplementos, procure avaliação profissional”, afirma.

Atualmente, o mercado oferece diversos tipos de suplementos, vitaminas, minerais e proteínas. No entanto, boa parte deles não apresentam estudos suficientes que embasem a real necessidade de consumo.

“Nutrólogo e nutricionista são capazes de avaliar (qual o melhor suplemento). Quando falo em nutrólogo, é nutrólogo de verdade, porque tem muito nutrólogo de araque nas redes sociais que não possui nenhuma formação”, destaca o hematologista e professor de gastro-hepatologia Raymundo Paraná, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).