Eduardo Bolsonaro critica missão de senadores aos EUA para barrar tarifas

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Eduardo Bolsonaro critica missão de senadores aos EUA para barrar tarifas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) reagiu nesta terça-feira (22) com forte crítica à viagem que uma comitiva de oito senadores brasileiros fará aos Estados Unidos com o objetivo de tentar reverter o imposto de 50% que Donald Trump anunciou sobre produtos brasileiros, com vigência prevista para 1º de agosto. A medida foi interpretada pelo ex-presidente dos EUA como uma retaliação ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Na nota publicada nas redes sociais, Eduardo afirma que os parlamentares “não falam em nome de Jair Bolsonaro” e classifica a viagem como uma tentativa “fadada ao fracasso”.

Falsa vitória diplomática

Segundo ele, a ação busca vender “a falsa ideia de uma vitória diplomática” enquanto ignora o que considera o “cerne da questão institucional brasileira”: a restauração das liberdades, o fim das perseguições políticas e uma “anistia ampla, geral e irrestrita”.

Missão dos senadores

O grupo de senadores é multipartidário e inclui nomes da oposição e da base do governo Lula. A missão busca apresentar argumentos técnicos e políticos contrários à tarifa, com apoio de entidades como a US Chamber of Commerce. A estratégia seria demonstrar que a medida penaliza o Brasil como um todo, especialmente setores como o agronegócio e a indústria de transformação.

Para Eduardo, no entanto, a presença de senadores ligados ao PT “agrava o constrangimento”, já que o partido, segundo ele, “sistematicamente adota posturas hostis aos EUA”.

O parlamentar ainda ironizou: “Confesso até simpatizar com a ideia de que venham. Não porque acredito que terão sucesso, mas porque poderão constatar aquilo que temos dito: não há sequer início de discussão sem anistia”.

A crítica expõe a divisão entre o bolsonarismo mais radical, que rejeita qualquer interlocução sem prévias concessões políticas internas, e o setor institucional do Legislativo, que busca preservar relações comerciais e evitar prejuízos bilionários à economia brasileira.

A comitiva, no entanto, mantém os planos e deve embarcar no fim de julho, apostando na diplomacia parlamentar como ferramenta para mitigar o impacto da tarifa.

Veja a postagem completa de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais:

NOTA PÚBLICA

“Diante da formação de uma comitiva de senadores brasileiros que pretende vir aos Estados Unidos para tratar da Tarifa-Moraes imposta pelo presidente Trump, registro de forma categórica e inequívoca que tais parlamentares não falam em nome do Presidente Jair Bolsonaro @jairbolsonaro .

Essa iniciativa me parece seguir o padrão de sempre: políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma “vitória diplomática” enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira. Trata-se de um gesto de desrespeito à clareza da carta do Presidente Trump realDonaldTrump , que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática.

Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais – como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas – é vazio de legitimidade. O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA.

Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso. Mas confesso até simpatizar com a idéia de que venham: não por acreditar que terão sucesso, mas porque poderão constatar que aquilo que eu e Paulo Figueiredo @pfigueiredo08 temos dito – não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita!”

Que Deus abençoe o Brasil.

Que Deus abençoe a América.