Em Autazes, a taxa de iluminação é o Imposto que "apaga"

Em Autazes, a taxa de iluminação é o Imposto que "apaga"

Imagine só: você paga religiosamente a famosa “taxa de iluminação pública” — aquela lorota acoplada na fatura de luz que, segundo a lei, tem valor legítimo. E o que você recebe em troca? Ruas às escuras, é claro.

Inovação? Só no Nome

Eles trocaram lâmpadas antigas por LED — muito bonito. Mas, pasmem, algumas nem acendem mais e ninguém aparece pra trocá-las. Será que acham que a inovação faz milagre de reacender lâmpadas queimadas?

Mora no centro? Sorte a sua. Vive no interior? Boa noite, sem trocadilhos.

O Fantasma da Manutenção

A Prefeitura, via Secretaria de Infraestrutura, declara que “está ciente”, que a reposição “está em curso conforme recursos e equipe disponíveis” — tradução popular: “esperem sentados”. Afinal, pedir urgência em troca de uma taxa não combina com o ritmo molengão da administração.

Exemplos que iluminam (ou não…)

  • Vila do Novo Céu: 6 meses no escuro. A vítima anônima disse com veemência: "Pagamos, mas não sabemos mais nem o que é pagamento".

  • Sampaio: 5 meses sem luz. Solução urgente? Quem? Prefeitura? Recursos? Equipe? Mistério total.

Onde vai o dinheiro?

Você paga — o prestador de energia recolhe — o município deveria repassar à manutenção — só que ninguém viu esse “repasse” refletido nas ruas. Resultado: lâmpadas queimadas, escuridão, ruas que mais parecem cenário de filme de terror.

O que deveria acontecer (mas não acontece)

  1. Fiscalização séria do repasse — cobrar transparência da distribuidora e da prefeitura.

  2. Cronograma de manutenção regular — trocar lâmpadas com prazo definido, não quando “der na telha”.

  3. Prestação de contas pública — mostrar quanto dinheiro está entrando, para onde vai e por que a iluminação ainda é figurante nessa história.

  4. Penalização por descaso — multas ou ações administrativas, porque esperar três ou seis meses no breu é pedir para acontecer algo ruim.

Conclusão ácida

Se a Prefeitura de Autazes explora a “taxa de iluminação pública”, que ao menos promova a “iluminação paga”. Porque, até agora, só vemos a “paga” — sem nenhum “iluminação” por perto. E aí, prefeito, vai continuar cobrando para enxugar gelo?

Em resumo: é uma monumental piada — você paga, a culpa é da insuficiência de “recursos” (a quem interessa que eles sejam escassos?) e suas ruas continuam no escuro. A ironia mais absurda? Essa novela se repete todo mês, temporada após temporada… e o roteirista principal ainda manda a fatura de zero em zero na conta de energia.