Falta d’água e de informação, gera revolta na população de Autazes

Falta d’água e de informação, gera revolta na população de Autazes

Ontem, a falta de água potável em Autazes, município do Amazonas, gerou impactos diretos no cotidiano da população. Sem abastecimento adequado, moradores relataram dificuldades na higiene pessoal, no preparo de alimentos e no consumo básico, além de temores crescentes com a saúde pública.

A situação provocou revolta generalizada após a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) falhar em informar a população sobre o motivo e a duração das interrupções. A ausência de avisos em seus canais oficiais – site institucional, redes sociais, e grupos no WhatsApp – e a falta de divulgação via veículos locais, como emissoras de rádio e o portal da Prefeitura, agravaram o descontentamento.

Moradores afirmam que, com mais transparência, teriam se organizado melhor para reduzir os efeitos da crise no dia a dia. “Se a Cosama tivesse avisado com antecedência, poderíamos nos planejar e evitar a escassez nas torneiras”, comentou um morador em iniciativa independente de coleta de relatos comunitários.

No final da tarde de ontem, a COSAMA informou que postou um comunicado no dia anterior, informando sobre a interrupção no fornecimento de água para que fosse feita uma manutenção de emergência na Estação de Tratamento de Água (ETA) e que o retorno do fornecimento estava previsto para o meio dia, o que infelizmente não aconteceu.

Segundo o SNIS, apenas cerca de 16% da população de Autazes recebe água pela rede geral – bem abaixo da média estadual (79%) e nacional (84%) – número que evidencia a fragilidade do sistema e reforça a exigência da comunidade por melhorias.

Diante do impasse, cresce o apelo por providências urgentes: a instalação de mecanismos de monitoramento e alerta assistido, investimentos em infraestrutura e uma comunicação imediata da Cosama via seus canais – site, rádio local, redes sociais e WhatsApp. Só assim será possível amenizar os efeitos colaterais da falta de água e recuperar a confiança da população.