Pâmela Bório: De Miss Bahia a investigada pelo 8 de Janeiro
Pâmela Bório, ex-Miss Bahia e ex-apresentadora de telejornais, está sob investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) por seu suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro em Brasília. A investigação também apura a alegação de que ela levou seu filho menor de idade para participar das manifestações.Bório, que já foi apresentadora em afiliadas da Rede Globo e do SBT, alega que sua presença nos atos teve caráter de "cobertura jornalística", justificando sua presença...

Pâmela Bório, ex-Miss Bahia e ex-apresentadora de telejornais, está sob investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) por seu suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro em Brasília. A investigação também apura a alegação de que ela levou seu filho menor de idade para participar das manifestações.
Bório, que já foi apresentadora em afiliadas da Rede Globo e do SBT, alega que sua presença nos atos teve caráter de "cobertura jornalística", justificando sua presença como profissional da área.
A PGR, no entanto, contesta essa versão, apontando para evidências que sugerem uma participação ativa de Pâmela nos eventos. Segundo a procuradoria, as provas indicam que ela contribuiu ativamente para os atos, contradizendo a alegação de que estaria apenas exercendo sua profissão.
Nas redes sociais, Pâmela compartilhou fotos e vídeos feitos no interior do Congresso Nacional, ao lado de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um dos vídeos, ela pergunta ao filho: Estamos fazendo o que aqui?, e ele responde: Estamos fazendo história tirar o Brasil da mão do comunismo tirano.
A presença do filho menor de idade nos atos de 8 de janeiro também gerou uma disputa judicial. Ricardo Coutinho, ex-marido de Pâmela, solicitou a guarda do filho, alegando que a criança foi exposta a uma situação de risco.
A defesa de Pâmela argumenta que o filho não estava com ela durante os atos, mas sim de férias com os tios. No entanto, a PGR questiona essa versão, apresentando evidências que sugerem o contrário.
"A narrativa, no entanto, não se coaduna com os elementos de prova acostados aos autos, que denotam a ativa contribuição de Pâmela." - PGR.
Além da investigação sobre os atos de 8 de janeiro, Pâmela Bório e Ricardo Coutinho têm um histórico de disputas judiciais. Em 2015, Pâmela registrou uma queixa por agressão contra o ex-marido, que originou uma ação judicial em 2018. Ela também foi acusada de danificar um portão ao invadir a granja do ex-governador, mas foi absolvida do crime.
A investigação da PGR busca esclarecer o papel de Pâmela Bório nos eventos de 8 de janeiro, considerando tanto sua presença no local quanto a alegação de que utilizou o filho menor de idade para fins políticos. O caso segue em andamento e aguarda novas diligências.
É inadmissível que figuras públicas, aproveitando-se de sua visibilidade, envolvam crianças em manifestações políticas, especialmente aquelas com potencial para violência e vandalismo. A recente decisão do STF de manter a prisão de acusados de envolvimento nos atos de 8 de janeiro demonstra o compromisso das instituições com a responsabilização dos envolvidos.
Enquanto isso, o governo Lula, em vez de se concentrar em políticas públicas eficazes, parece mais interessado em perseguir opositores, como demonstrado na recente defesa de Alexandre de Moraes contra possíveis sanções nos EUA. Essa postura alimenta a polarização e prejudica o debate democrático no país.