Validação de novos clones aponta caminhos para produção de cafés especiais em Mato Grosso

Onze clones alcançaram notas entre 81 e 82 pontos na escala da avaliação, sendo considerados de bebida com alto potencial para o mercado de cafés especiais. O post Validação de novos clones aponta caminhos para produção de cafés especiais em Mato Grosso apareceu primeiro em Portal Amazônia.

Validação de novos clones aponta caminhos para produção de cafés especiais em Mato Grosso

O Coffea canephora é uma espécie de café originária da África Central. No Brasil, é cultivado principalmente nas variedades Conilon e Robusta. Foto: Danielle Helena Müller/Acervo pessoal

Pesquisadores tem realizado estudo em que validam 50 clones de Coffea canephora (robusta amazônico) em duas regiões de Mato Grosso. O estudo, por meio do Edital FAPEMAT 012/2023- Agricultura Familiar, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), busca identificar cultivares de café adaptadas ao clima e solo do estado, com boa produtividade e qualidade de bebida, visando fomentar a cafeicultura local de forma mais eficiente.

O Coffea canephora é uma espécie de café originária da África Central. No Brasil, é cultivado principalmente nas variedades Conilon e Robusta. O nome “Robusta Amazônico” refere-se a híbridos desenvolvidos pela Embrapa a partir do cruzamento dessas duas variedades, adaptados à região amazônica.

O projeto é conduzido em parceria entre a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Extensão e Assistência Técnica (Empaer), Secretaria de Estado Agricultura Familiar (SEAF) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/RO).

Dez clones desenvolvidos pela Embrapa e quarenta selecionados a partir de cruzamentos naturais são avaliados. As análises estão sendo realizadas em campos experimentais da Empaer, nos municípios de Tangará da Serra e Sinop.

Os resultados da primeira safra comercial (2023) permitiram a análise de três aspectos principais, produtividade, ciclo de maturação e qualidade da bebida. No ciclo de maturação, os clones variam entre ciclos precoces (a partir de 228 dias) e tardios (até 324 dias). O AS10 apresentou o menor ciclo, enquanto o OP130 foi o mais lento para maturar. Essa diversidade pode ajudar os produtores a escalonar a colheita, distribuindo melhor o trabalho nas lavouras.