Dr. Alexandre Duarte, médico, “O seu cérebro descansará até mais que dormindo, se você fizer isto”

A busca por descanso cerebral com trabalho manual e pausas conscientes é cada vez mais necessária na rotina moderna. O Dr. Alexandre Duarte, médico e especialista em fisiologia metabólica e hormonal (CRM-SP 162757), explica que o cérebro descansa não só durante o sono profundo, mas também quando nos desligamos do pensamento ativo.

Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram @dralexandreduarte, ele defende três pilares diários para regeneração mental: uma hora de trabalho manual prazeroso, uma hora de atividade física moderada e uma hora de contemplação. Segundo ele, essas práticas são simples, mas altamente restauradoras.

O que é descanso cerebral e por que ele vai além do sono?

Descansar o cérebro não significa apenas dormir. Atividades como observar a natureza, caminhar tranquilamente ou realizar tarefas manuais com prazer também são formas efetivas de recuperação mental. Durante essas ações, o cérebro reduz o fluxo de estímulos e retoma o equilíbrio das funções cognitivas.

Esse tipo de pausa promove melhorias na concentração, memória, humor e criatividade. Diversos estudos mostram que alternar momentos de foco intenso com períodos de repouso consciente é fundamental para manter o cérebro saudável e produtivo.

Por que o trabalho manual ajuda a aliviar a sobrecarga mental?

O trabalho manual prazeroso, como jardinagem, pintura ou consertos simples, ativa áreas do cérebro ligadas à coordenação e à satisfação. Essas tarefas não exigem esforço intelectual intenso, permitindo que o cérebro descanse de decisões, raciocínios e estímulos constantes.

Além disso, o envolvimento com essas atividades ajuda a reduzir o ritmo acelerado do dia a dia. Elas promovem sensação de presença no momento, o que alivia a ansiedade e contribui para o bem-estar emocional.

Fazer exercício moderado pode realmente descansar o cérebro?

Sim. Exercícios de intensidade leve a moderada, como caminhada, alongamento ou pedaladas tranquilas, são considerados regenerativos. Eles aumentam o fluxo sanguíneo cerebral, reduzem o estresse e estimulam a liberação de neurotransmissores do bem-estar.

O Dr. Alexandre destaca que esses exercícios devem ser realizados com prazer, sem cobrança por desempenho. Quando o corpo se movimenta em ritmo controlado, a mente encontra uma pausa ativa, que ajuda a restaurar a energia mental e emocional.

Sentar em silêncio ou observar a natureza também tem efeito real no cérebro?

O simples ato de não fazer nada com intenção, como sentar em silêncio, observar o ambiente ou contemplar o céu, ativa uma área cerebral conhecida como rede do modo padrão. Essa rede é responsável pelo processamento interno de memórias, emoções e criatividade.

Essa pausa consciente melhora o foco e ajuda o cérebro a reorganizar as informações do dia. Dedicar alguns minutos diários a esse tipo de silêncio intencional pode reduzir a ansiedade, aumentar a clareza mental e melhorar a qualidade do sono.

Como incluir esse trio de descanso cerebral na rotina diária?

O ideal, segundo o Dr. Alexandre, seria reservar uma hora para cada atividade: trabalho manual, exercício moderado e contemplação. Mas mesmo poucos minutos por dia já fazem diferença. O segredo está na consistência e no prazer com que cada momento é vivido.

É possível começar com sessões curtas ao longo do dia. Por exemplo, cinco minutos de pausa entre tarefas, uma caminhada curta após o almoço ou cuidar de uma planta no fim do dia. Essas ações simples têm grande poder de restaurar o cérebro sem exigir mudanças drásticas na rotina.